Os juros elevados e a tomada de crédito
A previsão de movimentação financaira real das pequenas e médias empresas brasileiras (PMEs) é desaceleramento em 2023. O Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (Iode-PMEs) projeta crescimento de 1,2% ante 2022. Para este ano, a estimativa era de crescimento de 4,1%. A análise indica que os efeitos da subida de juros promovida pelo Banco Central nos últimos meses tendem a ficar cada vez mais evidentes.
Conforme elucida o especialista da Omie, Felipe Beraldi, os juros elevados encarecem a tomada de crédito e aumentam os rendimentos de aplicações financeiras em renda fixa, prejudicando a evolução do consumo e de investimentos.
Ainda que o cenário seja desafiador, as PMEs tendem a seguir em crescimento no próximo ano, em linha com as projeções de avanço modesto do PIB em geral que circulam pelo mercado.
“A expectativa de algum alívio das pressões inflacionárias e o consequente espaço para reversão da trajetória da Selic no decorrer do ano, serão fatores fundamentais para a sustentação do crescimento do mercado.”, comenta o especialista.
O Iode-PMEs funciona como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$ 50 milhões anuais, consistindo no monitoramento de 637 atividades econômicas que compõem o setor agropecuário, comércio, indústria, infraestrutura e serviços.
Em momentos de crise, sai na frente quem tem um bom planejamento, uma gestão eficiente e um fluxo de caixa equilibrado para investir no próprio crescimento. Para responder às demandas e acompanhar o mercado, as empresas são obrigadas a ceder em determinadas negociações para vencer a concorrência. Por isso, não deixe que as projeções pessimistas te intimidem à ponto de você nao investir na sua empresa. Nesse momento, você só precisa fazer boas escolhas!