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Os principais desafios de mulheres empreendedoras – e como superá-los para ter sucesso

As mulheres vêm conquistando cada vez mais espaço no mundo dos negócios e passando a ocupar lugares, cargos e posições que antes eram exclusivamente masculinos. Entre eles está o empreendedorismo. De acordo com uma pesquisa feita pelo LinkedIn (2020), o número de mulheres que começaram um negócio próprio cresceu 41% em relação ao ano anterior, enquanto entre os homens a alta foi de 22%. Considerando desde que os dados começaram a ser contabilizados, em 2016, o número de mulheres empreendedoras dobrou. Hoje, o país conta com 43 milhões de empreendedores, dos quais 45,6% são mulheres, segundo a principal pesquisa sobre empreendedorismo do mundo, Global Entrepreneurship Monitor 2021 (GEM), realizada em parceria com o Sebrae.

Ter um negócio próprio é o terceiro maior sonho de 46% dos brasileiros, superando o objetivo de construir carreira em uma empresa, que ocupa o 8º lugar na lista dos desejos. Não à toa, o país é o 7º com maior número de empreendedores no mundo. Mas isso não significa que o processo é fácil. E, para as mulheres, há ainda mais desafios e obstáculos.

Selecionamos os principais obstáculos enfrentados por empreendedoras e damos dicas de como superá-los.

1. Barreiras sociais e falta de apoio

Apesar das mudanças sociais em direção à igualdade de gênero, há quem ainda questione a capacidade de mulheres para gerir empresas. Esse comportamento faz com que empreendedoras sejam vistas com desconfiança e falta de credibilidade por clientes e investidores. Nesse cenário, é comum o sentimento das mulheres de que precisam fazer um esforço muito maior que os homens para alcançar os mesmos resultados.

Para amenizar essa situação, as mulheres podem buscar fazer parte de uma rede de apoio. Juntar-se a outras donas de empresas pode trazer inspiração, além de networking e possibilidades de negócio.

2. Dificuldade para conseguir crédito

Na hora de buscar crédito ou investimentos, as empresas fundadas e comandadas por mulheres podem ficar em desvantagem em relação aquelas com liderança masculina. De acordo com um estudo conjunto da Distrito, B2mamy e Endeavor, startups fundadas apenas por mulheres representam apenas 4,7% do ecossistema nacional. Essas iniciativas receberam apenas o equivalente a 0,04% de todo o valor investido em startups em 2020.

E o cenário é o mesmo quando ampliamos para uma análise global. Dados da plataforma Crunchbase mostram que as mulheres receberam o equivalente a 2,3% dos investimentos de capital de risco em 2020. O volume também caiu consideravelmente, de US$ 6,2 bilhões em 2019 para US$ 4,9 bilhões em 2020.

Pesquise bem o mercado e procure instituições sérias de crédito, que verdadeiramente acreditam no potencial do seu negócio!

3. Dupla jornada

Por fim, um dos grandes desafios das mulheres que comandam um negócio é conseguir conciliar as várias jornadas de trabalho, que englobam a maternidade e tarefas domésticas.

De acordo com a pesquisa “Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, do IBGE (2021), as mulheres gastam quase o dobro do tempo que os homens para afazeres domésticos e cuidados com as pessoas da casa. Elas passam 21h por semana nessas tarefas, enquanto eles gastam cerca de 11 horas.

Para quem precisar tocar um negócio, essa desproporção afeta muito o trabalho. Uma forma de contribuir para alterar esses números é exigir uma divisão mais justa das tarefas domésticas e responsabilidade seja com a casa, os filhos ou até mesmo os pets.

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